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segunda-feira, 25 de julho de 2011

Eu Sou o Último Judeu - Treblinka (1942-1943)




"Eu Sou o Último Judeu" traz relato inédito de sobrevivente de campo de concentração

Apenas 57 judeus sobreviveram ao campo de concentração Treblinka .É razoavelmente comum encontrarmos livros que trazem relatos sobre sobreviventes de campos de concentração nazistas, como Dachau e Auschwitz. Mas isso não acontece quando tratamos de Treblinka, e o motivo é o pior possível.

Dos cerca de 750 mil prisioneiros --em sua esmagadora maioria, judeus dos guetos de Varsóvia, capital da Polônia-- que foram enviados para lá, apenas 57 sobreviveram. Chij Rajchman foi um dos que estavam na revolta que deu liberdade a algumas poucas pessoas, permitindo que elas pelo menos lutassem por sua sobrevivência. Ele foi um dos últimos a conseguir escapar nesta ocasião.

Ainda fugitivo e sem saber se conseguiria chegar vivo ao final da Segunda Guerra Mundial, ele começou a escrever febrilmente sobre as terríveis experiências pelas quais tinha passado em Treblinka. Até agora inédito, este impressionante relato é publicado no Brasil com o nome de "Eu Sou o Último Judeu" (Jorge Zahar, 2010), em uma edição complementada por fotografias, mapas e plantas do campo de extermínio.

Horror

Durante os dez meses em que esteve preso lá, Rajchman sobreviveu de maneira quase que inexplicável. Viu incontáveis execuções e empalamentos, testemunhando algumas das piores atrocidades cometidas pelos seguidores de Hitler.

Ele próprio carregou cadáveres em decomposição e arrancou dentes de ouro dos mortos para dar aos nazistas. Em depoimento ao Museu do Holocausto de Washington, ele afirma que foi obrigado a cortar o cabelo de várias mulheres antes que elas fossem mortas em uma câmara de gás.

Após a guerra, testemunhou em diversos processos judiciais e se mudou para o Uruguai, onde viveu até a sua morte, em 2004.





Trecho do livro
Em vagões chumbados rumo a um destino desconhecido. Os vagões tristes me carregam para lá. Eles vêm de toda parte: do leste e do oeste, do norte e do sul. De dia e de noite, seja qual for a estação: primavera, verão, outono, inverno. Os comboios chegam lá abarrotados, incessantemente, e Treblinka prospera mais a cada dia que passa. Quanto mais comboios chegam, mais Treblinka consegue absorvê-los.

Partimos da estação de Lubartow, a cerca de 20km de Lublin.

Assim como todos nós, não sei para onde nos levam, nem por quê. Tentamos saber mais sobre isso durante o trajeto. Os guardas ucranianos que nos vigiam não dão mostras de nenhuma benevolência e se recusam a nos responder. A única coisa que ouvimos deles é: "Ouro, prata, objetos de valor!" Os assassinos não nos deixam em paz. Não se passa um instante sem que um deles nos aterrorize. Agridem-nos com coronhadas, e todos tentam molhar a mão desses criminososa fim de evitar os golpes.

Eis o retrato do nosso comboio.

Estou com a minha irmã caçula Rivke, uma bonita garota de 19 anos, e um de meus bons amigos, Volf Ber Rojzman, sua mulher e seus dois filhos. Conheço quase todos os que estão no vagão. Eles vêm do mesmo shtetl (do iídiche, "lugarejo", com maioria de população), Ostrow Lubelski. Somos 140, espremidos uns contra os outros, respirando um arviciado. Como é impossível nos deslocarmos, somos obrigados a fazer nossas necessidades no local, embora homens e mulheres estejam misturados. Ouvimos gemidos, e as pessoas perguntam-se umas às outras: para onde vamos?

Respondem dando de ombros e soltando um suspiro. Ninguém sabe para onde vamos, e, ao mesmo tempo, ninguém queracreditar que somos levados para onde há meses nossos irmãos e irmãs, todos os nossos, são deportados.

Outro amigo, Katz, engenheiro, está sentado ao meu lado. Ele me garante que vamos para a Ucrânia e que seremos instalados fora das cidades, que poderemos cultivar a terra. Ele sabe disso, pois um tenente alemão lhe contou. Era o diretor de uma fazenda estatal que fica a 7km do nosso shtetl, em Jedlanka. Ele lhe faz essa confidência para lhe agradecer por ter consertado um motor elétrico. Quero acreditar nisso, a despeito das aparências.

Avançamos. Nosso comboio para com muita frequência, interrompido pela sinalização, pois não é prioritário e deve deixar passar os trens regulares. Passamos por diversas estações, entre as quais Lukow e Siedlce. A cada vez que o trem para, peço aos ucranianos que descem à plataforma para nos arranjarem água. Não respondem, mas, se lhes dermos um relógio de ouro, eles nos trazem um pouco dágua. Muitos entregaram seus objetos de valor sem receber em troca os poucos goles prometidos.

Tenho sorte. Peço um pouco dágua a um ucraniano, ele exige cem zlotys por uma garrafa. Aceito. Pouco depois, ele volta com meio litro. Pergunto-lhe quanto tempo de viagem temos pela frente. Ele me responde: três dias, pois vamos para a Ucrânia. Começo a achar que é verdade. Faz praticamente 15 horas que partimos, e não percorremos mais de 120km.

"Eu Sou o Último Judeu" - Chil Rajchman - Pagina 27 à 29.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/livrariadafolha/ult10082u710002.shtml

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Documentos Encontrados dos Médicos de Auschwitz



Cupons de alimentos para alguns dos médicos nazistas do campo de extermínio de Auschwitz - incluindo, talvez, o sádico Dr. Josef Mengele - foram encontrados no sótão de uma casa, onde tinham permanecido escondidos durante décadas. Os documentos encontrados no sótão foram relacionados com a vida dos oficiais nazistas, incluindo as certidões de óbito e um mapa.

Alguns cupons de açúcar levam os nomes de Horst Fischer e Fritz Klein, os médicos que foram executados por seus crimes, depois da guerra, disse Adam Cyra, historiadora do Museu Memorial de Auschwitz que está verificando os documentos.

"O valor desta descoberta sensacional está no fato de que esses documentos originais, com os nomes dos principais assassinos de Auschwitz, foram encontrados tantos anos depois da guerra", disse Cyra.

Cyra disse que acredita que um cupom de junho de 1943 para uma pequena quantidade de açúcar, provavelmente, foi atribuído a Mengele, que era famoso por suas experiências sádicas, mas a escrita não é clara. Um cupom de fevereiro de 1944, para a compra de 0,28 kg de manteiga é feita por um Dr. Mergerle. Não havia nenhum médico da SS com esse nome no acampamento, assim Cyra acredita que um funcionário cometeu erros ortográficos e o nome correto é Mengele.

Médicos e farmacêuticos do acampamento realizaram pseudo-experimentos médicos com os presos e ajudaram a selecionar os judeus que chegavam ao acampamento, quer para o trabalho ou para a morte. Mengele escapou após a II Guerra Mundial.

Os documentos - quase 300 no total - foram encontrados no sótão de uma casa que está sendo reformada na cidade de Oswiecim, onde os nazistas construíram o campo de Auschwitz-Birkenau.

O proprietário, pediu anonimato, tornando-os disponíveis para os historiadores do museu de Auschwitz em 19 de março. Eles acreditam que a casa era usada por um oficial da SS durante a guerra, mas não está claro qual.

Os documentos incluem um mapa de língua alemã da área em torno de Oswiecim e uma certidão de óbito para Adolf Kroemer, um farmacêutico em Auschwitz, dizendo que ele morreu de um ataque cardíaco em fevereiro de 1944. Cerca de 150 cupons de comida em branco, certidões de óbito também foram encontrados, disse Cyra.

Entre 1940 e 1945, mais de 1 milhão de pessoas, a maioria judeus, foram mortas nas câmaras de gás em Auschwitz, morreram de fome e de doenças ao realizarem trabalhos forçados no campo.

Fonte

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Trabalho Sexual Forçado nos Campos de Concentração




Os prostíbulos dos campos de concentração continuam sendo um capítulo resguardado dos horrores da era nazista. Agora, um pesquisador alemão estudou o assunto sombrio e revelou a crueldade meticulosa dos assim chamados "alojamentos especiais".

'Chutando-as de botas, o soldado da SS tirou Margarete W. e outras prisioneiras do trem e levou-as para um caminhão. "Levantem a lona. Todo mundo para dentro", gritou. Pela janela de plástico da lateral da lona ela observou quando entraram em um campo masculino e pararam na frente de um dormitório com uma cerca de madeira.'

As mulheres foram levadas para uma sala mobiliada. O alojamento era diferente daqueles que Margarete W., então com 25 anos, conhecia de seu tempo no campo de concentração feminino de Ravensbrück. Havia mesas, cadeiras, bancos, janelas e até cortinas. A supervisora informou às recém-chegadas que agora estavam em um "bordel de prisioneiros". Elas viveriam bem ali, disse a mulher, com boa comida e bebida e, se fossem obedientes, nada aconteceria elas. Então, cada mulher foi enviada a um quarto. Margaret mudou-se para o número 13.

O bordel de prisioneiras do campo de concentração de Buchenwald começou a operar no dia 11 de junho de 1943. Foi o quarto de um total de 10, chamados "alojamentos especiais" erguidos em campos de concentração entre 1942 e 1945, a partir de instruções de Heinrich Himmler, diretor da SS. Ele implementou um esquema de recompensas nos campos, pelo qual as "realizações particulares" dos prisioneiros lhes garantiam menor carga de trabalho, alimento extra ou bônus financeiros.

Himmler também considerou benéfico "fornecer aos prisioneiros trabalhadores mulheres em prostíbulos", como escreveu no dia 23 de março de 1942 para Oswald Pohl, oficial da SS encarregado dos campos de concentração. A visão cínica de Himmler era que as visitas aos bordéis aumentariam a produtividade dos trabalhadores forçados nas fábricas de munição e pedreiras.

"Especialmente pérfido"

Ainda é um aspecto menos conhecido do terror nazista que Sachsenhausen, Dachau e até Auschwitz incluíam bordéis e que prisioneiras de campo de concentração foram forçadas à prostituição. O acadêmico de Berlim Robert Sommer, 34, estudou arquivos e memoriais de campos de concentração no mundo todo e fez diversas entrevistas com testemunhas históricas nos últimos nove anos. Seu estudo, que será publicado neste mês, fornece a primeira pesquisa ampla e científica desta "forma especialmente pérfida de violência nos campos de concentração". Sua pesquisa serviu de base para a mostra viajante "Bordéis de campos - o sexo forçado nos campos de concentração nazistas", que viajará por diversos memoriais no ano que vem.

Sommer fornece inúmeras evidências para combater a lenda que os nazistas proibiam resolutamente e lutaram contra a prostituição. De fato, o regime tinha uma fiscalização total da prostituição, tanto na Alemanha quanto nos territórios ocupados -especialmente depois do início da guerra. A rede ampla de bordéis controlados pelo Estado cobriu metade da Europa, e consistia de "bordéis civis e militares assim como os de trabalhadores forçados e ao mesmo tempo eram parte dos campos de concentração", segundo Sommer.

A combatente da resistência austríaca Antônia Bruha, que sobreviveu ao campo de Ravensbrück, informou anos atrás que: "As mais bonitas iam para o bordel da SS, as menos bonitas para o dos soldados".

O resto terminava no bordel do campo de concentração. No campo de Mauthausen, na Áustria, nos dez pequenos quartos do "Alojamento 1", o primeiro bordel de campo começou suas operações com janelas fechadas em junho de 1942. Naquela altura, havia cerca de 5.500 prisioneiros do campo de trabalho forçado de Mauthausen, quebrando granito para as construções nazistas. No final de 1944, mais de 70.000 trabalhadores forçados moravam no complexo do campo.

A SS tinha recrutado dez mulheres para Mauthausen, seguindo as instruções da agência de segurança do governo para erguer bordéis nos campos de trabalho forçado. Isso significava entre 300 a 500 homens por prostituta.

Cerca de 200 mulheres compartilharam o destino dos prisioneiros de Mauthausen nos bordéis do campo. Prisioneiras saudáveis e de boa aparência de 17 e 35 atraíam atenção dos recrutadores da SS. Mais de 60% delas eram alemãs, mas polonesas, soviéticas e uma holandesa foram transferidas para "a força-tarefa especial". Os nazistas não permitiam mulheres judias por razões de "higiene racial". Primeiro, as mulheres eram enviadas para o hospital do campo, onde recebiam injeções de cálcio, banhos desinfetantes, alimentos e um banho de luz.

De 300 a 500 homens por prostituta!

Perto de 70% das trabalhadoras forçadas à prostituição tinham sido presas originalmente por serem "antissociais". Nos campos, as mulheres eram marcadas com um triângulo preto. Dentre elas, havia ex-prostitutas, cuja presença supostamente garantia a administração "profissional" dos bordéis dos campos, especialmente no início. Era muito fácil para uma mulher ser considerada "antissocial", bastava, por exemplo, não cumprir as instruções de trabalho.

Até que ponto as mulheres se voluntariaram para essas "forças-tarefas especiais" não se sabe. Robert Sommer cita a combatente da resistência espanhola Lola Casadell, que foi levada a Ravensbrück em 1944. Ela disse que a diretora do seu alojamento ameaçou: "Quem quiser ir para um prostíbulo deve ir para o meu quarto. Advirto, se não houver voluntárias, vamos pegar vocês à força."

O testemunho de Antonia Bruha, forçada a trabalhar na área do hospital do campo de concentração, lembra de mulheres "que vieram voluntariamente, porque foram informadas que depois seriam liberadas". Essa promessa foi rejeitada por Himmler, que reclamou que "alguns lunáticos no campo de concentração feminino, ao selecionarem as prostitutas para os bordéis, disseram às prisioneiras que aquelas que se voluntariassem seriam liberadas depois de seis meses."

A última esperança de sobrevivência:

Para muitas das mulheres vivendo sob ameaça de morte, contudo, servir em um bordel era a última esperança de sobrevivência. "A principal coisa era escapar do inferno de Bergen-Belsen e Ravensbrüc", disse Lieselotte B., prisioneira do campo de Mittlebau-Dora. "A principal coisa era sobreviver". A sugestão de que faziam isso "voluntariamente" é uma das razões "pelas quais as mulheres dos bordéis são estigmatizadas até hoje", explicou Insa Eschebach, diretora do memorial de Ravensbrück.

Mantendo a hierarquia nazista racista nos campos, a princípio, apenas alemães podiam visitar o bordel, depois os estrangeiros também foram incluídos. Os judeus eram estritamente proibidos. Recebiam esses bônus os capatazes, diretores de alojamento e outros ocupantes proeminentes do campo. Primeiro, eles tinham que ter o dinheiro para adquirir um bilhete, que custava 2 marcos. Vinte cigarros na cantina, enquanto isso, custavam 3 marcos.

As visitas aos bordéis eram reguladas pela SS, assim como as horas de funcionamento. Em Buchenwald, por exemplo, o serviço ficava aberto de 7 às 22h. Ele permanecia fechado na falta de água ou luz, em ataques aéreos ou durante a transmissão dos discursos de Hitler. Edgar Kupfer-Koberwitz, prisioneiro em Dachau, descreveu o sistema em um diário do campo de concentração: "Você espera no salão. Um soldado registra o nome e o número do prisioneiro. Depois, chamam o um número e o nome do prisioneiro em questão. Aí você corre até o quarto com aquele número. Cada visita é um número diferente. Você tem 15 minutos, exatamente quinze minutos."

A privacidade era um conceito estranho aos campos de concentração, inclusive nos bordéis. As portas tinham janelas, e um soldado da SS patrulhava o salão. Os prisioneiros tinham que tirar os sapatos e não podiam falar além do necessário. A única posição sexual permitida era a de missionário.

Freqüentemente, o encontro nem chegava à penetração. Alguns homens não tinham mais força física para isso e, de acordo com Sommer, "alguns tinham mais necessidade de conversar com uma mulher novamente ou sentir a sua presença".

A SS tinha muito medo de espalhar doenças sexualmente transmissíveis. Os homens recebiam unguentos desinfetantes nos hospitais antes de cada visita ao bordel, e os médicos tiravam amostras das mulheres para testar gonorréia e sífilis.

A contracepção, por outro lado, era um aspecto que a SS deixava para as mulheres. Entretanto, raramente engravidavam, já que muitas mulheres tinham sido esterilizadas à força antes de serem presas e outras tinham se tornado inférteis com o sofrimento nos campos. No evento de um "acidente ocupacional", a SS simplesmente substituía mulher e a enviava para um aborto.

Aquelas que aguentavam a dureza da vida num bordel tinham mais chances de escapar da morte e, de acordo com a pesquisa de Sommer, quase todas as mulheres na prostituição forçada sobreviveram ao regime de terror nazista. Pouco se sabe o que aconteceu com elas ou se jamais conseguiram se recuperar da experiência traumática. A maior parte delas manteve silêncio sobre seu fardo pelo resto de suas vidas.

O livro de Robert Sommer, "The concentration camp Bordello: Sexual Forced Labor in National Socialistic concentration camps" (o bordel do campo de concentração: o trabalho forçado sexual em campos de concentração), será publicado em alemão pela Schöningh Verlag, Paderborn.


terça-feira, 19 de julho de 2011

Uma Viagem por Auschwitz-Birkenau


Auschwitz está lá para ninguém esquecer...


É surpreendente saber que as ruínas dos Campos de Extermínio de Auschwitz-Birkenau, no interior da Polônia, sejam considerados desde 2002 pela UNESCO como Patrimônios da Humanidade. Porém, o que a princípio pode até parecer ofensivo a todas as vítimas do Holocausto, adquire sentido após uma visita.



Monumento às vítimas do Holocausto em Auschwitz-Birkenau


É simplesmente impossível esquecer do que é visto e sentido em Auschwitz, e mais de 65 anos depois de descoberta a amplitude da tragédia que se abateu sobre os judeus, ciganos e outras minorias nos países ocupados pela Alemanha Nazista, uma visita a este que é um dos lugares mais pavorosos do planeta nos lembra do estrago que pode ser feito pela intolerância, alimentada por políticos mal-intencionados, aproveitando-se de uma situação econômica e social caótica.



Dormitórios dos Campos. Condições sub-humanas


Localizado a aproximadamente 60 km da cidade de Cracóvia (Kraków), segunda maior da Polônia, estima-se que mais de um milhão de Judeus, Ciganos e membros de outras minorias tenham sido exterminadas nos campos de Auschwitz entre 1940 e 1945, quando foram ocupados pelo Exército Soviético.



Localização dos campo de extermínio nazistas em território polonês


Auschwitz I - Campo original usado como centro administrativo do complexo, além de aprisionar intelectuais e membros da resistência polonesa, bem como prisioneiros de guerra soviéticos. Neste campo morreram perto de 70.000 pessoas.


Auschwitz II - Campo para onde eram levados os judeus, ciganos, homossexuais, no que era chamado pelos nazistas de "Solução Final". Era neste campo que estavam as Câmaras de Gás, e Joseph Mengele escolhia suas "cobaias", para mostrar que em Auschwitz, a morte nem sempre era a pior alternativa. Foi aqui que mais de um milhão de judeus foram exterminados.


Auschwitz III - Campo de trabalhos forçados nas fábricas da indústria bélica alemã.


O que mais impressiona são os requintes de ironia e premeditação mórbida encontrados numa visita ao que é considerado o mais tétrico de todos os museus do planeta. O maior exemplo é a inscrição no portão de entrada de Auschwitz I, "Arbeit Macht Frei", cuja tradução é "O trabalho liberta".



"Arbeit Macht Frei" (O trabalho liberta)
Mais uma pitada de ironia: Os prisioneiros saíam toda manhã para os trabalhos forçados ao som de uma orquestra formada pelos próprios colegas.


Fique agora com as fortes imagens do que restou do Complexo de Auschwitz-Birkenau, onde os prisioneiros chegavam em vagões superlotados, e eram conduzidos para salas de banho que na verdade eram Câmaras de Gás, numa operação logística friamente calculada e controlada.



Maquete da estrutura de Câmaras de Gás e Crematórios no Museu de Auschwitz

Os prisioneiros, que não sabiam que seriam executados, eram orientados a despir-se e deixar seus pertences em uma sala, onde eram fornecidas senhas das quais deveriam se lembrar para recuperar os objetos. O pretexto era de que iriam para uma área de duchas e desinfecção. Na verdade, eram trancados em salas e mortos com o gás ZyKlon B.


Cercas eletrificadas ao redor dos campos
A desnutrição era tal que os prisioneiros sequer tinham forças para tentativas de fuga



Entre 1940 e 1945 poucos que passaram por estes portões sobreviveram


Vagão que trazia prisioneiros diretamente para Auschwitz,
ponto final do ramal ferroviário que nenhum passageiro gostaria de ter utilizado




Muitos visitantes deixam suas homenagens em diversos locais do campo


No museu, são mostrados os pertences dos prisioneiros executados no campo, que eram separados e catalogados metodicamente pelos nazistas. Ver todos aqueles objetos que fizeram parte da vida de pessoas que chegaram a Auschwitz talvez seja um dos momentos mais apavorantes da visita.



Malas


Sapatos


Próteses e Muletas


Canecas e Vasilhas


Óculos

Auschwitz está lá para incomodar, para servir como um "Monumento à Estupidez Humana"






"Que este lugar seja para sempre um grito desesperado para a humanidade, onde nazistas assassinaram entre um milhão e um milhão e meio de homens, mulheres e crianças, principalmente judeus, de vários países da Europa"

Auschwitz-Birkenau
1940-1945


Fonte: http://www.ushmm.org/

quinta-feira, 14 de julho de 2011

O Que Foi o Holocausto?


Grupo de judeus no campo de concentração de Auschwitz.

O Holocausto foi uma prática de perseguição política, étnica, religiosa e sexual estabelecida durante os anos de governo nazista de Adolf Hitler. Segundo a ideologia nazista, a Alemanha deveria superar todos os entraves que impediam a formação de uma nação composta por seres superiores. Segundo essa mesma idéia, o povo legitimamente alemão era descendente dos arianos, um antigo povo que – segundo os etnólogos europeus do século XIX – tinham pele branca e deram origem à civilização européia. 

Dessa forma, para que a supremacia racial ariana fosse conquistada pelo povo alemão, o governo de Hitler passou a pregar o ódio contra aqueles que impediam a pureza racial dentro do território alemão. Segundo o discurso nazista, os maiores culpados por impedirem esse processo de eugenia étnica eram os ciganos e – principalmente – os judeus. Com isso, Hitler passou a perseguir e forçar o isolamento em guetos do povo judeu da Alemanha. 

Dado o início da Segunda Guerra, o governo nazista criou campos de concentração onde os judeus e ciganos eram forçados a viver e trabalhar. Nos campos, os concentrados eram obrigados a trabalhar nas indústrias vitais para a sustentação da Alemanha na Segunda Guerra Mundial. Além disso, os ocupantes dos campos viviam em condições insalubres, tinham péssima alimentação, sofriam torturas e eram utilizados como cobaias em experimentos científicos. 

É importante lembrar que outros grupos sociais também foram perseguidos pelo regime nazista, por isso, foram levados aos campos de concentração. Os homossexuais, opositores políticos de Hitler, doentes mentais, pacifistas, eslavos e grupos religiosos, tais como as Testemunhas de Jeová, também sofreram com os horrores do Holocausto. Dessa forma, podemos evidenciar que o holocausto estendeu suas forças sobre todos aqueles grupos étnicos, sociais e religiosos que eram considerados uma ameaça ao governo de Adolf Hitler. 

Com o fim dos conflitos da 2ª Guerra e a derrota alemã, muitos oficiais do exército alemão decidiram assassinar os concentrados. Tal medida seria tomada com o intuito de acobertar todas as atrocidades praticadas nos vários campos de concentração espalhados pela Europa. Porém, as tropas francesas, britânicas e norte-americanas conseguiram expor a carnificina promovida pelos nazistas alemães. 

Depois de renderem os exércitos alemães, seus principais líderes foram julgados por um tribunal internacional criado na cidade alemã de Nuremberg. Com o fim do julgamento, muitos deles foram condenados à morte sob a alegação de praticarem crimes de guerra. Hoje em dia, muitas obras, museus e instituições são mantidos com o objetivo de lutarem contra a propagação do nazismo ou ódio racial.


Fonte: http://www.brasilescola.com/historiag/holocausto.htm

Hospital Abandonado de West Point na Pensilvânia


Se um hospital normal já contém tantas imagens desagradáveis, imagine um hospital abandonado ?
Dizem que este hospital serviu para o tratamento de doentes mentais em West Point na Pensilvânia.  

























terça-feira, 12 de julho de 2011

Regulamento dos Campos de Concentração

Chegada dos presos políticos no campo de concentração
 de Oranienburg. Oranienburg, Alemanha, 1933.

Uma caixa pescada no lago Toplitz pelo governo austríaco continha vários resumos de matrículas referentes ao campo de Oranienburg, e diferentes notas ou circulares da administração interna. Em meio a esses papéis, um documento surpreendente de se ler: o Regulamento do campo de concentração, datado de 6 de novembro de 1942.


Quando se sabe que todos os "regulamentos" foram queimados nas horas que precederam 
a libertação dos campos, que todos eles eram calcados em um modelo único preparado 
pelos assessores de Heinrich Himmler, contendo somente a sua assinatura, e que, 
enfim o modelo original "inaugurado" em Oranienburg em 1933 sempre foi imposto a 
todos os comandantes de campos, esse exemplar pescado em Toplitz sublinha a 
gigantesca defasagem que existia entre a ficção da direção central e a realidade 
cotidiana nos campos. Um regulamento semelhante ao que se vai ler (provavelmente 
com codicilos próprios de Mauthausen) estava afixado no vestíbulo do comandante Ziereis. 


I. PARTE GERAL 

Os detentos dos campos de concentração, sem distinção de idade, origem e classe, 
estão colocados em uma situação subalterna e são obrigados a obedecer, imediatamente 
e sem discussão, às ordens de seus superiores. Tratando-se de detentos, são 
também superiores os agentes de escolta das empresas SS (reconhecíveis por suas 
braçadeiras vermelhas), bem como os detentos encarregados de manter a ordem no 
campo, reconhecíveis por sua braçadeira especial. Os detentos rebeldes, refratários 
às instruções recebidas e que, de uma maneira qualquer, põem em perigo e 
perturbam o silêncio e a ordem no campo, serão punidos em virtude do 
regulamento disciplinar, de acordo com a gravidade do delito. 

O campo de concentração é um estabelecimento de correção de um gênero todo 
particular. Boa conduta, assiduidade ao trabalho, constância na realização do dever 
e modo de pensar conformista são as condições preliminares para a libertação. O 
campo é mantido sob um regime essencialmente militar. 

O uniforme deve estar sempre limpo, arrumado e abotoado. É proibido ficar com 
as mãos nos bolsos, levantar a gola, escarrar, bem como jogar no chão papel, 
embalagens de cigarros e fósforos. 

Ficam proibidos: as conversas políticas, a invenção ou propagação de boatos, bem 
como os jogos de cartas e de dados e qualquer jogo de azar em geral. 

É proibido comerciar o que quer que seja, trocar ou emprestar dinheiro. 

Os objetos de valor, tais como relógios de pulso, anéis, canetas-tinteiro, etc, 
devem ser entregues à rouparia. 

O espírito de camaradagem é um dever. 


II. OS SUPERIORES 

Cada membro da SS é um superior. Deverá ser chamado de Herr Kommandant, 
Herr Lagerführer, Herr Rapportführer, Herr Arbeitsdienstführer, Herr Blockführer. 

Ao se aproximar um superior, prontamente seu chapéu deverá ser retirado, seis passos 
antes, o detento passará adotando uma postura estritamente militar, com os olhos 
voltados para a frente, e recolocará o chapéu seis passos depois. 

Quando um detento for chamado, deverá gritar: "Presente", parar a seis passos do 
superior e responder com voz alta e inteligível. Para se retirar, dará uma 
meia-volta impecável e voltará correndo ao seu lugar. Quando um membro da SS 
entrar em um barracão, gritará: Em seus lugares, fixos e cada detento se colocará em 
posição de sentido, com o olhar fixado no superior.

 Quando um detento entrar em um escritório, deverá anunciar em voz alta Peço 
permissão para entrar. É proibido dirigir a palavra a um superior sem ordem. Cada 
pedido de audiência a um superior será transmitido por intermédio do Blockälteste 
(chefe de Block). São considerados superiores os contramestres, os chefes de 
mesa, de quarto, de Block e de campo. 

No trabalho, os detentos só cumprimentam em determinadas circunstâncias por 
ordem do vigilante SS.

Em caso de motim, de ataque violento ou de evasão de de-tentos, os vigilantes 
e sentinelas farão uso de suas armas. Em caso de ataques violentos, 
atirar-se-á imediatamente e sem intimação. Sobre fugitivos, atirar-se-á após intimação.

É proibido fumar dentro dos barracões e nos locais em que haja risco de incêndio. 
A ingestão de álcool é proibida aos detentos. 


III. ZONA NEUTRA E ÁREA DE VIGILÂNCIA 

O campo será rodeado por uma cerca de arame percorrida dia e noite por uma 
corrente elétrica de alta tensão. Isto representa um perigo de morte! A cerca será 
precedida por uma "zona neutra". Quem nela penetrar estará exposto a fuzilamento 
sem intimação. O local de trabalho será cercado por uma linha de sentinelas. É 
proibido transpô-Ia sob risco de ser fuzilado após intimação. 


IV. CHAMADA 

Cada detento é obrigado a assistir sem falta e sob quaisquer circunstâncias à 
chamada nominal. Assim que tocar o sino, cada qual deverá se apresentar correndo 
na praça de chamada, no local reservado para seu Block, alinhar-se-á e permanecerá 
em posição de sentido. Nas filas, é proibido falar ou voltar-se. 

Nota: a página nº 3 não constava do maço pescado no lago Toplitz (portanto, 
estão faltando no regulamento os pontos 5, 6 e 7). 


VIII. KOMMANDOS DE TRABALHO 

Cada detento será designado para um Kommando de trabalho. É proibido mudar 
de Kommando por iniciativa própria. Cada um deverá efetuar conscienciosamente 
e da melhor maneira possível o trabalho de que estiver encarregado. Aquele que, 
sem autorização, deixar seu posto, será acusado de evasão e severamente punido. 
Não é permitido entrar nos barracões SS ocupados. É estritamente proibido entrar 
em contato com civis. Quando, após a chamada nominal, for dada ordem de se apresentar 
ao Kommando de trabalho, cada um deverá apressar-se, sem barulho e sem falar, para 
juntar-se àquele de que fizer parte, incorporando-se ao grupo e formando fila. A partida 
será executada em passo cadenciado. À ordem: Descubram-se, todo o Kommando retira 
os bonés, segura-os com a mão direita sem dobrá-los e permanece com as mãos fixas 
ao longo da costura da calça, a cabeça alta, o olhar fixo diante de si, alinhado na 
fila seguindo o homem da frente. O mesmo processo se aplica quando do retorno 
do trabalho. 


IX. CONSERVAÇÃO DOS ARMÁRIOS 

A prateleira superior é destinada às cartas, à escova de dentes, ao material de barba, 
ao tabaco, etc. Na prateleira inferior ficarão a gamela (limpa e emborcada) e por cima 
a marmita igualmente emborcada. Por trás e à direita, o pão e outros víveres. Colher e 
faca serão colocadas na ombreira da porta. Todos os objetos, bem como o próprio 
armário deverão estar sempre impecavelmente limpos. O casacão, cuidadosamente 
dobrado, com o número de matrícula nitidamente visível ao alto, será colocado no 
fundo do armário. Os sapatos deverão ser limpos todas as noites antes do primeiro 
toque da campainha a três passos do barracão, depois engraxados ligeiramente e 
colocados diante dos armários. As meias deverão ser colocadas sobre o cano dos 
sapatos. É proibido levar meias para o dormitório. 


X. CORRESPONDÊNCIA 

A correspondência só será entregue ou expedida após ter sido censurada. Cada detento 
tem direito a receber e a escrever duas cartas ou cartões-postais por mês. A escrita deve 
ser legível e nítida. Uma carta anunciando a chegada ao campo poderá ser 
escrita imediatamente. Cada detento tem o dever de manter sua família informada. 
É-lhe proibido tratar de assuntos relativos ao campo, a doenças, a piolhos e de pedidos 
de licença. É-lhe igualmente proibido falar de dinheiro. A escrita deverá seguir as linhas. 
É proibido abreviar ou sublinhar. Somente serão autorizadas as informações de 
caráter pessoal. A correspondência deverá ser entregue em mãos ao Blockführer 
competente, aberta e munida de um selo levemente colado. O envio pelos detentos 
a seus familiares de encomendas ou pequenos embrulhos é proibido.

 Desde já, os detentos têm a possibilidade de receber de seus parentes encomendas 
de víveres. O número de encomendas que um detento pode receber é ilimitado. Todavia, 
no próprio dia da chegada da encomenda ou no máximo no dia seguinte, o detento 
deverá ter consumido seu conteúdo. Em caso de impossibilidade, os víveres serão 
divididos com outros detentos.

 Se um detento abusar do envio de encomendas fazendo passar mensagens 
secretas, ferramentas ou qualquer outro objeto proibido, será imediatamente punido 
com a pena capital. Quanto aos seus companheiros de barracão, ficam 
automaticamente proibidos de receber encomendas por um período de três meses. 


XI. ENVIO DE DINHEIRO 

Os detentos estão autorizados a receber ordens de pagamento de seus familiares. 
Seu montante será guardado pela administração financeira do campo em conta do detento 
em questão. A fim de permitir compras na cantina, cada titular de conta poderá dispor de 
15 RM por semana, mas nenhuma compra poderá ser feita sem que o pagamento 
seja efetuado por meio de bônus. É estritamente proibido aos detentos possuir 
dinheiro líquido (inclusive moeda estrangeira) ou escondê-lo nos barracões ou em 
qualquer outro lugar. Qualquer delito deste gênero será severa-mente punido e o 
dinheiro encontrado será confiscado em prol do Banco do Reich. 


XII. COLETA 

São proibidas coletas de qualquer espécie, com exceção de donativos voluntários 
para assinatura de jornais. Estes donativos devem ser registrados numa lista trazendo 
o número da matrí-cula e o nome e indicação da soma, seguindo-se a assinatura 
do interessado. O desconto dos jornais será também assinado pelo chefe de pavilhão e 
pelos dois chefes de quarto. Os documentos justificativos deverão ser 
regularmente submetidos ao Blockführer. 


XIII. REQUERIMENTOS E RECLAMAÇÕES 

Cada detento está autorizado a apresentar requerimentos e reclamações por escrito. 
Eles serão recolhidos pelo Blockführer que será obrigado a transmiti-los. Quando 
uma reclamação se referir a um Blockführer, ela poderá ser diretamente submetida 
ao Lagerführer. As reclamações coletivas, consideradas como atos de rebelião, 
são estritamente proibidas. Os detentos que desejarem se apresentar na reunião do 
alto-comando, devem informar, por escrito, aos seus Blockführer. 


XIV. RECREAÇÃO 

Durante a recreação, os detentos podem ficar à vontade, nas salas de estar de 
seus barracões, lendo, escrevendo cartas ou participando de jogos de salão. Os jogos de 
azar e a dinheiro, de qualquer espécie, são proibidos. 

É proibido penetrar em outros barracões, encostar-se nos prédios, fazer barulho, 
assoviar, cantar e jogar fora dos bar-racões, atravessar a zona de isolamento demarcada 
por pedras brancas (em torno dos Blocks 11 e 12), permanecer na alameda perto do 
jardim, bem como entre as barracas de vestiário e penetrar no campo novo. 

É permitido circular pelo local deixado livre para este fim dentro do recinto do campo. 
As reuniões e passeios de mais de três pessoas são proibidos. 

O rádio e a biblioteca do campo estão a serviço do estudo e das distrações. É 
permitido, com a prévia autorização do coman-dante do campo, receber jornais 
nacionais-socialistas. 


XV. USO DO TABACO 

É proibido fumar dentro dos barracões durante as horas de trabalho, bem como no 
decorrer do período que vai do retorno noturno até a chamada. É igualmente proibido 
fumar durante meia hora depois do despertar. 


XVI. DECLARAÇÃO DE DOENÇA E BANHOS 

Os detentos que estiverem doentes deverão se apresentar ao Blockführer. Um detento 
que se subtrair com premeditação ou intencionalmente ao tratamento, será punido, 
da mesma forma que aquele que simular uma doença. O tratamento na enfer-maria só 
poderá ser realizado antes e depois das horas de trabalho. O Blockführer divulgará as 
horas de consulta. Cada de-tento está obrigado a tomar parte dos banhos. A ida e a 
volta serão feitas em filas de cinco. 


XVII. INOBSERVÂNCIA DO REGULAMENTO 

Qualquer delito contra o regulamento do campo deve ser denunciado sem 
demora. Especialmente aquele que surpreender alguém preparando ou concordando com 
uma tentativa de evasão deve dar parte imediatamente, bem como de roubos, 
desvios fraudulentos, trapaças, contrabando de álcool, jogos de azar e atentado contra 
o artigo 175 do Código Penal alemão. 

Aquele que deixar de denunciar tais fatos sofrerá a mesma punição que o 
próprio delinqüente. 

Existe um caminho que leva à liberdade. Seus indicadores se chamam: 
obediência, assiduidade ao trabalho, honestidade, ordem, limpeza, 
sobriedade, preferência pela verdade, espírito de sacrifício e amor à pátria. 


                    Oranienburg, 8 de novembro de 1942.


Transcriação:  Daniel Moratori (avidanofront.blogspot.com)
Fonte: BERNADAC, Christian Bernadac - Dias Sem Fim, Ed. Otto Pierren Editores, pg 269-275
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